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Demitiu-se presidente da Protecção Civil


Terça, 06 de Setembro de 2016
O presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) demitiu-se do cargo na sequência do inquérito ao caso dos helicópteros Kamov, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI). Segundo a fonte, Francisco Grave Pereira apresentou na segunda-feira à ministra da Administração Interna o pedido de demissão, que foi aceite. A ministra dará mais pormenores sobre o assunto na conferência de imprensa que está agendada para as 12:00, na Protecção Civil, para o balanço operacional intercalar da Fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2016 relativo ao mês de Agosto. A demissão está relacionada com o inquérito que no verão do ano passado a ministra Constança Urgano de Sousa determinou Inspecção-geral da Administração Interna (IGAI) que abrisse para averiguar os problemas com os Kamov. A notícia foi inicialmente avançada pelo jornal Público, que adianta que a IGAI imputa a Francisco Grave Pereira "violação do dever de zelo na forma como a autoridade geriu o processo de transferência dos seis helicópteros pesados Kamov para a empresa que os está a operar, a Everjets". A abertura do inquérito surgiu após a ANPC ter detectado problemas “graves no estado das aeronaves”, que ditaram a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados, durante o processo de transferência dos Kamov para a empresa que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos. O inquérito incidia sobre “as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilidades a que haja lugar nesse âmbito”. Dos seis helicópteros Kamov da frota do Estado, apenas três estão aptos para voar, estando dois inoperacionais por avaria e outro acidentado desde 2012. O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) deste ano conta com três Kamov estacionados em Braga, Santa Comba Dão e Ferreira do Zêzere, num total de 47 meios aéreos. Em Junho, em declarações na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, disse aos deputados que o DECIF de 2015 já não contou com os três helicópteros pesados.

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