No seu discurso final na noite das autárquicas, o eleito presidente da Câmara deixou alguns “recados”, incluindo ao Governo, assegurando que com ele e a sua equipa «não existirá qualquer tipo de pisar o pescoço da Figueira» e por isso, «quero deixar bem claro ao Governo, e isto seria dito fosse qual fosse a sua cor, que não pode continuar a situação de termos uma administração do porto da Figueira com quatro cidadãos de Aveiro». Para Santana Lopes essa situação tem «traduções várias», tal como tem, frisou, «aquela que foi a promoção turística do concelho feita ao longo destes anos», numa alusão indirecta ao presidente da Turismo do Centro (e candidato do PSD à Câmara da Figueira). «Somos nós que temos que assumir o destino nas nossas mãos e foi isso que disseram os figueirenses», salientou.
Mas Santana Lopes realçou ainda o facto de o PS ser «um grande partido com grandes resultados e o PSD também», mas nesta cidade, foi «um movimento independente, constituído há três meses, que conseguiu vencer as eleições para a Câmara», apesar de ter perdido para a Assembleia Municipal e só ter conseguido duas juntas de freguesia, «significativas, com nome composto», referindo-se a Buarcos e S. Julião e ao Paião e Borda do Campo (agregadas), para garantir que a questão de junção de freguesias, terá de ser tratada «durante este mandato».
