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Perto de 450 mil rastreios ficaram por fazer no primeiro ano de pandemia


Quarta, 07 de Julho de 2021

Perto de 450 mil rastreios aos cancros da mama, do útero e do colo e recto ficaram por realizar no primeiro ano de pandemia, bem como 29 milhões de exames complementares de diagnóstico e terapêutica.
Os dados fazem parte do estudo “O impacto da pandemia covid-19 na prestação dos cuidados de saúde em Portugal”, promovido pelo Movimento Saúde em Dia, realizado pela consultora MOAI com dados do Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde, recolhidos entre 25 de Junho e 05 de Julho de 2021.
A análise, que comparou os dados disponíveis do primeiro ano de pandemia (Março 2020 a Fevereiro de 2021) com o período imediatamente anterior (Março 2019 a Fevereiro 2020), mostra uma quebra nos rastreios realizados no âmbito do programa de rastreios oncológicos nos cuidados de saúde primários.
Segundo o estudo, que é apresentado hoje na Ordem dos Médicos (OM), em Lisboa, houve menos 21% de mulheres com registo de mamografia nos últimos dois anos (169.485), menos 12% de mulheres com colpocitologia actualizada (140.872) e menos 7% com rastreio do cólon e recto (125.322).
Em declarações à agência Lusa, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, considerou estes dados “muito preocupantes”: “Foram quase 450 mil que não fizerem o rastreio, o que significa que o diagnóstico precoce de cancro nestas áreas específicas ficou prejudicado e que vamos ter apresentações de alguns destes cancros em estádios claramente mais avançados, o que já está a acontecer e tem sido relatado pelos serviços de oncologia”.


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