Os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal (AdP) estiveram ontem em greve por aumentos salariais de 90 euros e pela redução do horário de trabalho para 35 horas semanais, entre outras medidas de valorização das carreiras. Na empresa Águas da Região de Aveiro (AdRA) a adesão atingiu os 70 por cento, de acordo com números avançados pela Direcção Regional de Aveiro do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), afecto à CGTP-IN.
“A greve é justa em virtude de mais de 10 anos em que os trabalhadores demonstram brio e dedicação mas não têm aumentos salariais. O Grupo AdP tem lucros de milhões mas para os trabalhadores nem tostões”, disse ontem João Claro, vice-coordenador regional do STAL. Para o sindicalista, os trabalhadores da AdRA “estão motivados para continuar as lutas durante o próximo mês se a AdP não tiver a dignidade de reconhecer que a luta é justa e que é preciso urgentes aumentos salariais e a revisão do acordo colectivo do trabalho”. As reivindicações foram transmitidas a Fernando Vasconcelos, administrador da empresa que tem sede em Aveiro e serve vários municípios da região.