A prova do interesse que os comboios históricos suscitam em muitos curiosos é o casal espanhol que, com os seus dois filhos pequenos, ontem quis fazer a viagem entre Aveiro e Macinhata do Vouga mas já não foram a tempo de encontrar bilhetes disponíveis. À hora do almoço os quatros deambulavam pelo cais e chegaram mesmo a entrar nas carruagens, mas à hora da partida foram deixados para trás pela composição que seguiu pelos carris da Linha do Vouga até ao concelho de Águeda, antes do regresso a meio da tarde. “Fica para a próxima”, disse ela ao Diário de Aveiro.
E haverá seguramente próximas oportunidades porque o que não falta é quem queira seguir a bordo de velhas carruagens puxadas por uma locomotiva a vapor com quase um século de existência. A E214, fabricada em 1923, foi a estrela da viagem de ontem, que marcou o regresso do Comboio Histórico do Vouga depois de vários meses de suspensão devido à pandemia. Houve mesmo quem fosse autorizado a subir e ver com os seus próprios olhos como é a máquina que daí a uns minutos os rebocaria até ao seu destino.