O pai e a madrasta de Valentina foram ontem condenados pelo Tribunal de Leiria a 25 anos e a 18 anos e nove meses de prisão, respectivamente, em cúmulo jurídico, pelos crimes de homicídio qualificado, de profanação de cadáver e de abuso de simulação de sinais de perigo em co-autoria, e ainda de violência doméstica (apenas para o arguido).
Durante a leitura do acórdão, que decorreu no Auditório Municipal da Batalha, o juiz presidente, António Centeno, salientou que o arguido Sandro Bernardo «não mostrou arrependimento nem emoção e não assumiu a seriedade das suas condutas». Depois de ponderada toda a prova, o colectivo entendeu aplicar uma pena de 22 anos por homicídio qualificado, 18 meses pelo crime de profanação de cadáver, nove meses por abuso de simulação de sinais de perigo, em co-autoria, e três anos pela prática de um crime de violência doméstica sobre a filha. «Em cúmulo jurídico, o arguido foi condenado à pena única de 25 anos», a máxima permitida pela lei em Portugal.
