Um dos técnicos que integrou a comissão técnica para avaliação dos processos elegíveis para a reconstrução de casas após o fogo de Pedrógão Grande foi incapaz de precisar em tribunal uma indicação formal para a recusa de intervenção em segundas habitações.
Ouvido enquanto testemunha no julgamento do processo que analisa alegadas irregularidades na reconstrução das casas após o incêndio de Pedrógão Grande, que decorre na Batalha, o elemento da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) José Henriques Pinheiro não conseguiu explicar ao colectivo de juízes onde estava escrito que as segundas habitações não pudessem ser elegíveis para a reconstrução no âmbito do Fundo Revita.
Segundo disse, o “foco total eram as habitações de carácter permanente”, ou seja, aquelas “onde as pessoas tinham o centro da sua vida”, informação que terá sido referida “várias vezes de forma verbal pelo presidente do conselho de gestão”.