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Covid-19: Escolas de acolhimento têm cada vez mais alunos


Sexta, 05 de Fevereiro de 2021

Cada vez mais famílias deixam os filhos nas escolas de acolhimento para os pais trabalharem, enquanto outras procuram nelas a ajuda que não conseguem dar em casa. Em Soure, por exemplo, os pedidos de apoio duplicaram numa semana.
Mais de 1.600 alunos frequentaram na semana passada as cerca de 700 escolas de acolhimento abertas um pouco por todo o país. A meio desta semana, o número de alunos ultrapassava já os 2.500, segundo dados do Ministério da Educação.
Mariana é uma dessas crianças. A mãe trabalha num lar em Soure, distrito de Coimbra, e por isso a menina de 9 anos passou as duas últimas semanas na Escola Básica da Granja do Ulmeiro.
Aquela não é a sua escola, nem os meninos com quem brinca são da sua turma, mas garantiu à Lusa que têm sido dias memoráveis: “É muito divertido. As pessoas são muito divertidas. Fazemos muitas colagens e vamos brincar lá para fora”, disse.
As novas confidentes de Mariana são agora Adriana e Ariana, outras meninas que também passam os dias na escola a funcionar das sete de manhã às sete da noite.
Todos os dias, a directora do Agrupamento de Escolas de Soure recebe mais uma chamada ou um ‘email’ de famílias a pedir ajuda.
“As pessoas precisam de mais apoio e a escola tem essa obrigação social”, contou à Lusa a directora, Luísa Pereirinha.
Quando o Governo anunciou em Janeiro a suspensão das aulas e um período de onze dias de férias, cerca de 700 estabelecimentos de ensino mantiveram as portas abertas.
Estão a receber os filhos de trabalhadores essenciais, mas também crianças com necessidades educativas e todos aqueles identificados como pertencendo a grupos de risco.


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