Diz a Universidade de Aveiro (UA) que, depois de Marte, é provavelmente o mais enigmático local que a humanidade não pisou: o mar profundo. E a expressão não é usada em vão, já que caracteriza vastas extensões de água e fundos marinhos entre os 200 e os 11 mil metros abaixo da superfície do oceano. Simbolicamente baptizado de Challenger 150, em alusão ao ponto mais profundo do planeta, o Challenger Deep, um novo programa com cientistas de todo o mundo propõe-se trazer à superfície o conhecimento que ainda se esconde nas profundezas dos oceanos.
Ao leme deste ambicioso empreendimento científico está a bióloga portuguesa Ana Hilário, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, que quer dar um enorme mergulho em nome do conhecimento científico e fazer com que o Challenger 150 seja uma referência da Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável.