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Alterações climáticas “mexem” com os animais do Ártico


(Créditos da foto: Verónica Méndez) Domingo, 08 de Novembro de 2020

As mudanças climáticas que levaram o Ártico a entrar num novo estado ecológico provocaram “alterações na dinâmica espácio-temporal dos animais” que habitam a região.

A revista “Science” publicou, esta semana, as conclusões de um trabalho feito por 150 investigadores de mais de 100 instituições, entre os quais o biólogo José Alves, da Universidade de Aveiro (UA), os quais passaram 30 anos a monitorizar os movimentos de animais que habitam essa zona polar.

O trabalho demonstra como aves migradoras alteraram os seus padrões migratórios e várias populações de renas mudaram a sua fenologia reprodutora em resposta às alterações climáticas.

Por seu lado, ursos, alces e lobos não modificaram as suas taxas de deslocação em resposta à precipitação, embora os alces se movimentem mais com as temperaturas mais altas no Verão, sugerindo diferenças nestas respostas em diferentes níveis tróficos do ecossistema ártico. 

José Alves, investigador no Departamento de Biologia e no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), um dos laboratórios associados da UA, e co-autor do artigo, salientou que, “no Ártico, o aquecimento global tem-se manifestado de forma muito notória, pois as temperaturas têm aumentado nos pólos de forma mais acentuada do que no resto do globo, um fenómeno denominado por amplificação polar ártica”. Avisou que os animais que habitam esta região estão “na linha da frente dos efeitos das alterações climáticas”.

Leia a notícia completa na edição em papel.

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