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Covid-19: Nazaré proíbe acesso ao Farol para evitar excessiva concentração de público nas arribas


Quinta, 29 de Outubro de 2020

A Câmara e a Capitania da Nazaré decidiram cortar o acesso pedonal à estrada do Farol, para conter a excessiva concentração de público que assiste às ondas gigantes e garantir condições de segurança, informou o capitão do Porto.
“O acesso pedonal vai ser proibido e vamos apelar à dispersão das pessoas concentradas junto ao Forte de S. Miguel para tentar reduzir os aglomerados”, disse à agência Lusa o comandante do Porto da Nazaré (distrito de Leiria), Zeferino Henriques.
Em causa está a presença de milhares de pessoas que hoje se concentraram nas arribas da praia do Norte, depois de ter sido anunciado nas redes sociais que se esperavam ondas gigantes, para ontem e hoje.
O cenário “atrai muitos surfistas estrangeiros e portugueses para surfar na praia do Norte, e simultaneamente pessoas de vários países que se deslocam para assistir”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro.
Porém, em ano de pandemia a afluência de público levanta problemas de segurança, já que “não é um evento, que depende de autorizações e normas das entidades de saúde”. Por outro lado, “é complicado, mesmo do ponto de vista legal, condicionar a circulação de pessoas, porque nem o país, nem a Nazaré estão fechados”, acrescentou Walter Chicharro.
Dada a afluência de milhares de pessoas, a Capitania do Porto da Nazaré empenhou para a praia do Norte todos os meios da Estação Salva-Vidas (para socorro no mar), da Polícia Marítima, para atuar em terra, e conta ainda com o reforço da PSP, dos bombeiros, da proteção civil municipal e de uma empresa turística privada, que dá apoio aos surfistas.
Ainda assim, o capitão do Porto manifestou “grande preocupação com eventuais quedas de pessoas na falésia” e, por outro lado, “com o cumprimento das normas neste contexto pandémico”.
Quer a capitania, quer os bombeiros estão a fazer alertas “em várias línguas, para que as pessoas usem a máscara” (obrigatória ao ar livre desde quarta-feira quando não possa estar assegurado o distanciamento) e “cumpram o distanciamento social e a etiqueta respiratória”, disse Zeferino Henriques.
O facto de se tratar de “um concentração espontânea” de milhares de pessoas e não “um evento programado e com regras específicas torna ainda mais importante apelar à responsabilidade de cada um para que cumpra todas as normas de segurança, quer em termos de segurança individual, quer da proteção em contexto pandémico”, sublinhou o responsável local da autoridade marítima.


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