Experiência Paulo e Nuno Mourinho, irmãos naturais da Ribeira de Frades, são treinadores em academia de futebol na Tailândia e contam como tem sido estar no país durante esta fase de pandemia e toda a “aventura”. Conimbricenses sentem-se em casa
Diário de Coimbra Como tem sentido a pandemia na Tailândia?
Paulo Mourinho (PM) Inegavelmente mudou o paradigma do dia-a-dia. Felizmente a Tailândia teve uma resposta fantástica à pandemia, muito por culpa da rigidez de medidas implementadas que foram desde o fechar de fronteiras, a proibição de circulação entre cidades, ao recolher obrigatório, ao encerramento de todos os estabelecimentos comerciais (mantendo excepcionalmente os estabelecimentos de bens de primeira necessidade abertos) e aliado a tudo isto uma população que seguiu à risca as medidas solicitadas e que assim faz com que o último caso de infecção no país tenha sido há praticamente 3 meses. Num país com praticamente 70 milhões de habitantes, onde as discrepâncias sociais são verdadeiramente significativas conseguir manter-se com apenas 58 mortes e menos de 3.500 infecções é verdadeiramente meritório. Do ponto de vista pessoal foi difícil, pois estivemos confinados em casa durante praticamente três meses sem poder trabalhar, sem poder sair, foi um período complicado, mas felizmente as coisas vão seguindo o seu caminho rumo à normalização, o que nos permitiu regressar ao trabalho no início de Junho num registo diferente mas que com o passar do tempo se acabou por normalizar e nos permitir actualmente trabalhar já em pleno.