No ano passado, o aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo foi assinalado ao longo de quatro dias, com entradas gratuitas, inúmeras visitas guiadas e até passeios de autocarro, envolvendo muitas centenas de visitantes interessados em conhecerem, ou relembrarem, os encantos desta “casa” dedicada à cultura do mar. Um ano depois, e sem que ninguém pudesse imaginar, o 83.º aniversário teve de ser planeado na sombra de uma pandemia, com limitações no acesso ao espaço, dispensador de gel desinfectante na entrada principal e todos os rostos cobertos pelas máscaras que vieram para ficar.
De todos os 83, este é seguramente o aniversário mais invulgar. Ainda assim, e tal como o seu director referiu na sessão comemorativa, “será um aniversário marcante e rodeado dos amigos chegados”. Nuno Miguel Costa referia-se à exposição ontem inaugurada - “Transparências da Ria e do Mar, por Cândido Teles” -, que resulta da doação, pela família, de 121 obras do primeiro período pictórico do artista ilhavense. “Uma das mais significativas doações”, que revela a beleza da Ria de Aveiro, desde os moliceiros às marinhas, passando pela Praia da Costa Nova e os barcos da arte xávega.