Quando o Museu do Brincar, com sede em Vagos, decidiu abrir na cidade de Aveiro um pólo, inteiramente dedicado ao espólio de bonecas/bonecos e respectivos acessórios, no primeiro andar do N.º 6 da Rua Marques Gomes, ficou a promessa do sótão da Casinha de Bonecas ainda ir dar que falar. Passado o período dramático da chegada da COVID-19 e do encerramento forçado de todas as estruturas museológicas do país, eis chegado o tempo da Casinha de Bonecas voltar ao contacto com o público e cumprir a promessa feita aquando da sua abertura: abrir o sótão aos visitantes, transformado num mundo do brincar e do experimentar, em muito semelhante à vida real.
O respeito pelo
direito de brincar
Na verdade, aqui dá-se continuidade ao conceito desde sempre praticado e defendido pelo Museu, onde se quer que as crianças brinquem de facto e mexam em parte do espólio exposto ao mesmo tempo que aprendem, interagem e dão largas à imaginação. Contudo, neste sótão é o mundo das profissões que dá o mote, e a julgar pela receptividade das crianças que por lá já passaram, “o difícil é, mesmo, tirá-las daqui”, avançou Ivone Vasconcelos ao Diário de Aveiro, lembrando que o facto do espaço ser um velho sótão “ajuda muito a que o imaginário da pequenada seja estimulado, como se de um sótão da avó se tratasse, cheio de brinquedos disponíveis”.