A paixão pelos Lusíadas teve início «há 60 anos na minha cabeça», começou por explicar Manuel Dias da Silva, coleccionador (entre tantas outras coisas) de edições dos Lusíadas. Entre o escritório e o sótão, as paredes lá de casa já se mostram insuficientes para acolher toda a sua colecção, que ainda não parou de crescer, contando-se actualmente cerca de 95 livros. A sua riqueza, diz Manuel Dias da Silva, não está tanto no seu valor monetário ou na quantidade de edições, mas sim na diversidade que apresentam, sobretudo no que toca à apresentação da própria obra. A título de exemplo, Manuel refere a edição de meio metro de altura, da edição Figueirinhas, e outras que se apresentam como livros de bolso. E é isso mesmo que cativa o coleccionador e que transparece em cada palavra proferida quando questionado sobre esta sua admiração pelos Lusíadas.