Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Comerciantes do Mercado Municipal queixam-se da fraca afluência


Liliana Figueiredo Terça, 26 de Maio de 2020

O Mercado Municipal de Viseu já viu dias melhores no que respeita à procura por parte dos clientes.
Por estes dias, os visitantes contam-se pelos dedos e os vendedores mostram-se desanimados com esta situação.
Isaura Gomes, vendedora de frutas e legumes, disse ao nosso Jornal que alguns dos clientes habituais continuam a vir, mas em menor número. “Como os nossos clientes são já de idade têm receio de sair de casa”, afirma.
Também Ermelinda Machado, que já era vendedora no antigo mercado, realça a pouca procura que tem existido e diz que há dias que não vende uma única peça de fruta. Vendedora há mais de 40 anos, diz que “a grande maioria dos seus clientes é de longa data e que novos são muito poucos”. Para esta comerciante são esses os clientes que continuam a manter vivo o negócio. “Estou aqui porque gosto disto, não é pelo lucro que dá”, afirma. Também João Moita, gerente de um talho, no Mercado Municipal, lamenta os poucos clientes que têm existido e que diminuíram drasticamente com a pandemia provocada pela covid-19. “Há mesmo muitos poucos clientes”, realça.

Comerciantes querem melhores condições
Os comerciantes instalados no Mercado Municipal aguardam que a Câmara Municipal de Viseu faça obras no espaço. Problemas com o isolamento - no Verão faz muito calor e no Inverno muito frio - é uma das causas apontadas pelas vendedoras que se queixam que, desta forma, se estraga muita mercadoria. Também os acessos e o pavimento são outras das queixas apontadas.
“Os clientes do Mercado Municipal são de idade e já foram várias as pessoas que caíram aqui”, realçou uma das vendedoras. Dificuldades com as cargas e descargas e a falta de estacionamento são também dificuldades apontadas por quem aqui trabalha. “O que nós queremos é um espaço acolhedor, bem organizado, atractivo e com condições. Este mercado tem de ser a prioridade e não o outro, o Mercado 2 de Maio”, realçou uma vendedora. Esta opinião é consensual e os comerciantes temem pelo futuro do seu negócio. LF |


Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu