O Município de Viseu recebeu ontem 41 caixas com cerca de 90 mil máscaras descartáveis doadas pelo empresário chinês John Zha. No Centro Municipal de Protecção Civil, antigo quartel dos bombeiros sapadores, onde o material vai ficar guardado antes de ser distribuído, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, explicou que metade das máscaras, com um valor de mercado de cerca de 50 mil euros, são para jovens e crianças e o resto para adultos.
De acordo com o autarca, a doação resultou da intermediação do embaixador de Portugal na China, José Augusto Duarte. Parte das 90 mil máscaras serão distribuídas pela Santa Casa da Misericórdia de Viseu e pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu. “Foi o compromisso que assumi com o senhor embaixador”, adiantou o edil, referindo que também serão distribuídas máscaras pelas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho e pelos jovens e crianças que irão ter aulas presenciais ou que regressam às creches.
Almeida Henriques aproveitou a presença no centro de protecção civil municipal para destacar o trabalho que a equipa tem vindo a realizar em resposta à pandemia da covid-19, referindo que depois de uma primeira “volta” às IPSS com o objectivo de acompanhar os testes ao novo coronavírus nos funcionários e colaboradores, será agora feita uma segunda visita para reforçar as recomendações da importância do uso do equipamento de protecção individual, o que permitirá deixar em cada IPSS material de protecção para mais uma semana, que assim não terá de ser comprado pelas instituições.
Nesse âmbito, o presidente da Câmara de Viseu criticou o trabalho do Estado Central, explicando que a autarquia está a substituir a Segurança Social. “Devia ser a Segurança Social a fazer este trabalho, mas estamos a assumir esse papel”, sublinhou.
Em relação ao trabalho desenvolvido no Centro Municipal de Protecção Civil, referiu tratar-se de “uma força que nos deixa dormir descansados” e que já está a preparar o combate aos incêndios rurais, que irão surgir quando as temperaturas começarem a aumentar na região. Por isso, Almeida Henriques apelou à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que aprove a candidatura ao financiamento das obras de requalificação do antigo quartel, de modo a dar melhores condições de trabalho aos meios de protecção civil. “Seria premiar quem está a fazer um trabalho muito positivo no terreno”, concluiu.
