No início da semana a GNR já tinha revelado ao Diário de Coimbra que havia mais carros a circular nas estradas. Este fim-de-semana, e comparativamente com os anteriores, «verificou-se mais trânsito». «No geral, e nas principais vias registou-se um acréscimo de veículos a circular», adiantou ao nosso jornal o capitão Sandro Oliveira, das Relações Públicas do Comando Territorial de Coimbra. Apesar de ter caído alguma chuva no dia de ontem, as pessoas saíram mais de casa e, no IP3, até ao limite do distrito isso foi bem verificado pelas autoridades. Ontem, as patrulhas estiveram em diversas vias, nomeadamente IP3, EM 109, na zona de Mira e em Cantanhede, e sensibilizaram os automobilistas, que em várias situações seguiam acompanhados, a voltar para casa. «É certo que há situações de excepção, que estão previstas, e nas quais as pessoas podem sair de casa. Mas quem não pode deve realizar o menor número possível de saídas. E quando as faz deve planear para tratar de tudo o que pretende», acrescentou o capitão Oliveira. Como tal, as patrulhas vão-se manter nas estradas nos próximos dias a fiscalizar os condutores e a indicar-lhes o caminho para casa, sempre que for necessário.
As pessoas que foram controladas pelas autoridades «acataram bem» as indicações para voltar a casa, tendo sido ainda reforçada a mensagem de que, nesta situação, «têm de estar nas suas residências».
Ao contrário do que sucede noutras zonas do país e que tem sido noticiado, Sandro Oliveira disse que não se tem registado «um grande movimento nestas zonas, não havendo, por isso, grandes aglomerações de pessoas a correr ou a passear».
Os condutores que têm sido fiscalizados acabam por reconhecer que sabem que não podem sair e quando, numa fase inicial, não dizem logo a verdade do que vão fazer, acabam por admiti-lo.
O capitão Sandro Oliveira recordou que, por exemplo, o apoio à família está contemplado no regime de excepção mas que, para tal, «não precisa de ir a família toda». Assim como a compra de bens. Pode ir só um elemento e o aconselhável é que sejam adquiridos produtos para vários dias, evitando muitas saídas em poucos dias. Em toda esta situação, nova para todos, deve imperar o bom senso em cada atitude que se toma, pois uma atitude errada pode prejudicar (leia-se infectar) várias pessoas.
Sem detenções na região
Com mais de uma centena de militares empenhados nestas fiscalizações, em que não se registaram quaisquer detenções, a GNR está também a contactar por telefone ou presencialmente a população sénior e mais vulnerável. Além disso, efectua o controlo das pessoas que estão em isolamento imposto pelas autoridades de saúde bem como o controlo dos estabelecimentos comerciais. «Verificamos se os que estão abertos podem estar e se estão a cumprir as recomendações. Temos tido situações de estabelecimentos que estão a funcionar e não podiam». Aqui as pessoas são avisadas que têm de os encerrar e, de uma maneira geral, acatam bem as indicações da GNR e não voltam a reincidir, ou seja, a abrir a portas.
As patrulhas da GNR têm-se multiplicado em operações de fiscalização e sensibilização, e vão continuar pelas várias estradas atentas a quem nelas circula. Nos próximos dias e enquanto assim for exigido, o melhor é ficar em casa.
