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Hospitais podem retomar consultas no próximo mês


Domingo, 26 de Abril de 2020

Alguns hospitais vão retomar as consultas programadas já na semana que se inicia em 4 de Maio, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido, que salientou ser «impossível» sair da situação de pandemia da Covid-19 «sem cicatrizes».
O Ministério da Saúde contactou com a maioria dos hospitais que pertencem ao Serviço Nacional de Saúde, sendo que «há hospitais em que o início da retoma [das consultas programadas] começa já na semana de 4 de Maio», afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa diária de actualização de informação sobre a pandemia.
Outros hospitais irão retomar as consultas «mais para adiante», havendo instituições nas quais «já se iniciou uma remarcação da actividade que há umas semanas estava suspensa», acrescentou.
A governante salientou que os calendários de retoma de cada hospital e centro de saúde estão dependentes da «pressão que cada instituição sente na sua envolvente».
«Algumas entidades e instituições do interior do país, na Beira Baixa, e algumas instituições do Norte Alentejano, terão maior facilidade, se o panorama se mantiver, numa retoma precoce da actividade», notou, frisando que este será um processo «gradual, faseado e acompanhado», sendo que a mesma lógica é aplicada aos centros de saúde, onde se tem apostado na grande utilização da telemedicina.
No início da conferência de imprensa, Marta Temido salientou que a actividade do SNS não relacionada com a pandemia «tem de ser retomada de forma faseada, com recurso à tele-saúde e à prescrição electrónica», e que os profissionais de saúde devem trabalhar sempre protegidos.
A governante recordou que, até ao final de Março, face à resposta do SNS à pandemia da Covid-19, registou-se um decréscimo de 320 mil consultas médicas nas unidades de cuidados de saúde primários, de 180 mil consultas médicas hospitalares e nove mil cirurgias programadas.
«A resolução destes efeitos adversos da Covid-19 nada tem a ver com a de outros fenómenos de suspensão da actividade com que nos confrontámos nos tempos recentes. Nada tem a ver com o esforço [que será] necessário para recuperar desta actividade suspensa com aquilo que foi o esforço para recuperar de greves ou de listas de espera», constatou. Nesse sentido, a recuperação «que aí vem vai ser muito mais penosa», até porque terá de haver um maior espaçamento entre consultas, num processo feito de forma «avaliativa e gradual»
«Se o SNS tem sido capaz de ser exemplar na resposta aos portugueses na Covid-19, será certamente capaz de garantir que a actividade suspensa é recuperada o melhor possível, com o menor dano possível. Mas é evidente que é impossível sair desta situação sem marcas nem cicatrizes», frisou a ministra.


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