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Amnistia Internacional denuncia morte de 149 pessoas em centro de detenção na Nigéria


Quarta, 11 de Maio de 2016
A Amnistia Internacional apelou hoje às autoridades da Nigéria para fecharem um centro de detenção para suspeitos de pertencerem ao grupo extremista Boko Haram, depois de pelo menos 149 pessoas terem ali morrido desde o início do ano. A organização de defesa dos direitos humanos já havia denunciado anteriormente o tratamento "desumano" a que são sujeitos os detidos no centro de Giwa, no nordeste da Nigéria. Num novo relatório publicado hoje, a Amnistia Internacional (AI) denuncia a morte, desde Janeiro, de pelo menos 149 pessoas neste centro de detenção, incluindo 12 crianças, uma delas com cinco meses. A AI considera que a morte de crianças em "condições atrozes", quando estavam dentro de "um centro de detenção militar", é simultaneamente "comovente e horrenda". O centro de Giwa deve "fechar imediatamente" e todos os detidos devem ser libertados ou entregues a autoridades civis, defende a AI. O relatório da AI, feito com base em relatos de antigos detidos e de outras testemunhas, denuncia que as vítimas morrem de fome, doenças, desidratação ou ferimentos. Em Março, estavam detidas em Giwa 1.200 pessoas, incluindo 120 crianças. O centro está sobrelotado e as condições de detenção têm vindo a piorar, resultado, em boa parte, da ofensiva militar em curso contra o Boko Harem, que levou a detenções em massa. Os militares nigerianos nunca negaram que detêm também crianças. A AI denuncia que todas estas pessoas são detidas e permanecem neste centro sem serem sujeitas a qualquer processo e sem terem acesso a um advogado.

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