Daniel Ferreira, de 30 anos, é natural de Casal de Álvaro, no concelho de Águeda, de onde saiu há sete anos rumo à Suíça, juntamente com a sua esposa, em busca de melhores condições de trabalho. Hoje, é mecânico de aviões no aeroporto de Zurique e também ele foi “apanhado” pela COVID-19.
Desde o início dos sintomas e até ser testado, “passei uma dolorosa semana, com os médicos a recusarem atender-me, e sem medicamentos ou diagnóstico. Fiquei com febre alta de 39,5 e falta de ar”, relata Daniel Ferreira.
Foi há duas semanas que o aguedense diz ter começado a sentir os primeiros sintomas de que algo não estava bem. O primeiro deles foi um cansaço excessivo, o que, recorda, “estranhei, porque pratico muito desporto, e não me canso com facilidade”. No dia seguinte, chegou a febre (38 graus). Aí decidiu comunicar à empresa que não estava bem e iria ficar em casa. A partir daí, o estado de saúde foi-se degradando. Começou por sentir dores no corpo, perdeu o olfacto e o paladar. Nesta altura, foi então aconselhado pelo seu consultório médico a ligar para a linha nacional de emergência médica, através da qual lhe foi comunicado que deveria entrar num período de quarentena domiciliária, já que não se encontrava em nenhum grupo de risco.