A directora-geral da Saúde avançou que a partir da próxima semana todas as pessoas que entrem em Portugal vão ficar obrigadas a permanecer em isolamento profiláctico durante 14 dias.
«A partir da próxima semana, quem entrar em Portugal, pode ter de ficar de quarentena», alertou ontem Graça Freitas, em conferência de imprensa, minutos depois da divulgação do boletim diário da DGS que apontava param seis mortes e 1.020 casos de Covid-19 em Portugal. A responsável informou ainda que, durante o dia de ontem, seria publicada uma nova norma com a decisão para os serviços se organizarem.
No entanto, referiu Graça Freitas, «as autoridades de saúde podem fazer uma avaliação mais fina do risco e tomar medidas que excepcionem esta regra». Por outro lado, passa a ser «obrigatório o isolamento de pessoas doentes e de pessoas a quem as autoridades de saúde disserem para ficar em casa», frisou a directora-geral da Saúde.
«Sabendo que todos podemos ser atingidos pelo vírus, alguns estão em maior vulnerabilidade porque têm menos de capacidade de se defenderem», justificou, adiantando, porém, que esta afirmação «não quer dizer que todas as pessoas adoeçam». A responsável, que falava em conjunto com António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, enumerou ainda as pessoas em maior risco, nomeadamente, seniores» e doentes como hipertensos, diabéticos, doentes cardiovasculares ou doença oncológica.
«Estas pessoas precisam de contactar o mínimo possível com outras pessoas», referiu, frisando, por outro lado, que estas pessoas «precisam de ser cuidadas», apelando a todos que respeitem as regras de etiqueta respiratória e de distanciamento social. «Manter os doentes e os idosos protegidos é muito importante», asseverou Graça Freitas.
A directora-geral da Saúde disse que na Madeira existem «mais quatro casos de Covid-19 que estão a ser analisados e à espera de confirmação pelo instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA)». Ou seja, para além dos dois casos já confirmados no boletim de ontem, esse número poderá aumentar para seis no arquipélago.
Quando à admissão de novos utentes em lares, Graça Freitas frisou que «um utente novo que entre num lar deve ficar em quarentena durante 14 dias». Entretanto, o município de Oliveira do Hospital informou que, «em articulação com a autoridade municipal de saúde pública, vai exigir que todos os cidadãos que não residem habitualmente no concelho – e que regressaram ou voltarão com proveniência do estrangeiro ou de zonas de contágio comunitário do país – permaneçam em isolamento profiláctico durante 14 dias a contar da sua chegada» ao concelho.
