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Viaturas dos SMTUC desinfectadas com Zoono


Quinta, 19 de Março de 2020

Prevenção Adoptadas várias medidas nos transportes públicos de Coimbra, entre as quais o uso de um produto que se tem revelado eficaz a eliminar o vírus

No âmbito do plano de contingência da Câmara para a pandemia Covid-19, os autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) estão a ser desinfectadas com Zoono (Z-71), um produto eficaz na eliminação do novo coronavírus. 

Testado e usado com êxito no Metro de Londres, o Zoono, que está a ser aplicado em vários transportes colectivos do país (casos dos metropolitanos de Lisboa e Porto), revela-se eficaz na eliminação do novo coronavírus, com resultados a perdurarem até 30 dias. Ontem de madrugada foi já utilizado nas viaturas dos SMTUC, serviço que adoptou mais medidas de contenção e prevenção.
De acordo informação divulgada pela Câmara e Conselho de Administração dos SMTUC, foi também reforçada «a limpeza e desinfecção das viaturas e instalação de doseador com solução desinfectante dentro dos autocarros».
A instalação de «barreiras de protecção em vidro» nos balcões de atendimento ao público das lojas dos SMTUC e de «protecção em acrílico ou outro material no habitáculo do motorista, de modo a impedir o contacto directo com os passageiros», faz igualmente parte das medidas adoptadas pela autarquia, com duração, para já, até 3 de Abril.
Foi suspensa a venda de bilhetes a bordo das viaturas e foram interditados os usos dos bancos mais próximos do motorista e do “botão de stop”, exemplifica a autarquia, referindo ainda, por exemplo, que a lotação dos veículos foi reduzida para metade e que foi distribuído um «kit de protecção individual, composto por máscara e luvas, para utilização de acordo com as normas das autoridades de saúde», a todos os motoristas de transportes colectivos de Coimbra.
A Comissão de Trabalhadores dos SMTUC tinha solicitado a suspensão de entradas e saídas nas viaturas pela porta da frente, o que não foi até agora acolhido pela Administração, que estará a aguardar o parecer da autoridade da saúde, como observa a vereadora Regina Bento em email enviada aos trabalhadores. Na missiva a autarca observa que estamos a viver um problema de saúde pública e não um problema laboral e lembra que foi «inclusive declarado o Estado de Alerta», por decreto, «nos termos do qual a desobediência e a resistência às ordens legítimas das entidades competentes, quan­do praticadas em situação de alerta, constituem crime e são sancionadas nos termos da lei penal».
No documento, Regina Ben­to informa, depois de pedir a colaboração de todos, que irá dar conhecimento ao comandante do Serviço de Polícia Municipal, para manter em prontidão o serviço, «nomeadamente para apoiar no rigoroso cumprimento das medidas adoptadas no âmbito do plano de contingência do Município e dos SMTUC». A alusão acabaria por ser entendida pelos trabalhadores como uma ameaça. 


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