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Coronavírus: Cientistas britânicos aceleram processo para testar vacina


Quarta, 05 de Fevereiro de 2020

Cientistas da universidade britânica Imperial College, em Londres, estão prontos para testar em animais uma possível vacina para o novo coronavírus com origem na China, depois de acelerarem o processo de desenvolvimento do fármaco, noticia hoje a Sky News.
Em declarações ao canal britânico, o director da investigação, Robin Shattock, disse que, após ter desenvolvido a potencial vacina em 14 dias, poderia começar a testá-la em animais na próxima semana e em pessoas no verão, se obtiver financiamento.
A possível vacina, que faz parte de um projecto internacional para encontrar um remédio para a epidemia do novo coronavírus (2019-nCoV), não serviria para combater o actual surto, mas poderá ser importante se houver outro no futuro, adiantou a Sky News.
Shattock declarou que os processos convencionais “levam pelo menos dois a três anos, antes de poder sequer chegar à fase clínica”, mas a sua equipa conseguiu “gerar um candidato (a vacina) em laboratório em 14 dias”.
O investigador sublinhou que aceleraram o processo para poderem testar a possível vacina em modelos animais “no início da próxima semana” e “com o financiamento adequado” poderão iniciar estudos em humanos “no prazo de meses”.
Robin Shattock frisou que é conveniente desenvolver a vacina, ainda que não sirva para este surto porque poderia prevenir “uma pneumonia a circular por todo o mundo” e poderá haver “uma segunda onda global”.
Vários cientistas da China, Estados Unidos, Austrália e Europa trabalham a contra-relógio, em colaboração, para encontrar um fármaco que combata o novo coronavírus, detectado em Dezembro de 2019 em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei (centro), e que já causou 490 mortos.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infecção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.


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