O Beira-Mar saiu derrotado de Fátima, ontem, por 3-1, somando a segunda derrota da época. O desfecho do jogo, muito condicionado pela primeira parte pouco conseguida, até podia ter sido outro depois da boa reacção no segundo tempo, que encontrou Guilherme, guardião local, num par de lances. Três golos em menos de meia hora nos três lances de finalização até então, mostram desde logo duas coisas: eficácia de quem os obtém e demérito de quem os sofre. Se acrescentarmos que dois deles foram de bola parada, de livres laterais, um de cada lado, marcados quase da mesma forma e finalizados pelo mesmo jogador (Vasco Coelho) de cabeça, ficam mais claras as responsabilidades defensivas do Beira-Mar.
Limpar a cabeça ao intervalo, e trazer alma renovada para o segundo tempo foi o que se viu do Beira-Mar, que surgiu mudado, para melhor, com mais intensidade, capacidade de dominar o adversário e recuperar linhas nos contra-ataques do Fátima. Marcar cedo podia dar ao Beira-Mar a possibilidade de reentrar no jogo e Diego Tavares deu essa ilusão, ao reduzir no reatamento e alimentar a equipa em busca de algo mais. Paradoxalmente, só não houve outro resultado final porque Guilherme, guarda-redes dos locais, teve um punhado de intervenções a travar o ascendente dos Beira-Mar e a possibilidade de discutir o resultado. Mas a derrota anunciada em 45 minutos foi discutida até ao fim e essa será a melhor forma de elogiar a reacção do Beira-Mar não obstante ter perdido o segundo lugar para o Fátima. Será o menos importante agora porque ainda há muito campeonato.
