O presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) refutou hoje os “ataques cruzados e sucessivos” à agricultura e à pecuária e sublinhou que aquelas actividades são “contribuintes muito pequenos” para as alterações climáticas. Em declarações à Lusa a propósito do Colóquio Nacional do Leite, que vai decorrer na sexta-feira em Esposende, Jorge Oliveira defendeu que é “urgente” desmistificar a ideia de que “a agricultura e a pecuária estão a destruir o planeta”. “Se fizermos as contas entre o deve e o haver, as emissões de gases são muito reduzidas, a agricultura e a pecuária são contribuintes muito pequenos para o aquecimento global”, referiu.
Lembrou que aquelas actividades, com as culturas da erva e do milho, são líderes na captura de carbono. “É claro que os animais emitem metano, mas, feitas as contas, a diferença é muito pequena”, acrescentou.
Lembrou que a agricultura é “a profissão mais antiga do planeta” e que “não pode vir agora ser apontada como a causa de todos os males”.
Refutou os sucessivos ataques de que aquela actividade tem vindo a ser alvo nos últimos tempos e, por isso, defendeu que é necessário enveredar por outra política de comunicação, “para informar e educar” a sociedade.
Para o líder da APROLEP, esses ataques resultam, muitas vezes, de falta de informação. “O desafio de comunicar agricultura” é, precisamente, um dos temas do Colóquio Nacional do Leite, que vai decorrer na sexta-feira.
Outros temas em cima da mesa serão “Como valorizar a erva na produção de leite?”, “Bem-estar animal e a imagem da produção de leite” e “Criar vacas e produzir leite num ambiente sustentável”.
Segundo Jorge Oliveira, o colóquio terá como pano de fundo o ambiente e as alterações climáticas, mas a “pedra de toque” será melhorar a imagem que a agricultura e a pecuária “passam para fora”.
A organização do colóquio é da APROLEP, com a colaboração da Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto.
