Com a aprovação, ontem, em reunião do executivo municipal aveirense, do projecto e contrato de concessão de estacionamento da construção de um parque subterrâneo no Jardim do Rossio, o processo parece estar encaminhado. Falta agora, apenas, a “luz verde” da Assembleia Municipal para a concessão, mas isso não significa que tenham parado os protestos a esta decisão da autarquia.Depois de o presidente da Câmara Municipal ter apresentado os valores da obra e da concessão – o preço base do concurso é de 9,8 milhões de euros e o privado que quiser explorar o parque terá de pagar 2,5 milhões de euros por uma concessão de 40 anos e uma renda de 24 mil euros anuais, após cinco anos de carência - da parte da oposição, que votou contra, não tardaram em chegar críticas. Uma delas prende-se com o valor que a município irá investir na obra, tendo o vereador João Sousa indicado que, após uma análise financeira, conclui-se que será um valor a rondar os cinco milhões de euros. “A ideia inicial era o concessionário pagar na totalidade”, apontou o socialista, considerando que este investimento “vai penalizar a Câmara e os munícipes”, pois traduz-se num “desvio” de dinheiro que “não contribui para a afirmação de Aveiro e a vivência das pessoas”.Ribau Esteves disse que a decisão de aumentar o investimento com dinheiro público (mais dois milhões do que o previsto) está relacionada com a “opção construtiva que deste projecto, que é diferente da inicial”. O aumento do preço a pagar permitirá uma obra “mais limpa e rápida”, passando de 18 meses de construção para 16 meses, ou menos. “Estas coisas boas têm um preço”, entende o líder do executivo.
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