Acto de fé, pela memória e identidade, a tradição cumpriu-se e, ontem, ao início da tarde, realizou-se a Procissão pela Ria de Aveiro, integrada no programa da Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes da Gafanha da Nazaré.
“Diz-nos muito”, testemunhou Carlos Sardo, presidente da União das Irmandades (do Santíssimo Sacramento, da Senhora da Nazaré e de S. Pedro) da paróquia gafanhense, enquanto se afadigava nos preparativos para o arranque.
Salientou que é um momento especial para as gentes da Ria e do mar, em especial para as que estão ligadas “às viagens do bacalhau”. Explicou que seria participada pelas “instituições da terra”, cabendo a membros dos ranchos folclóricos convidados a honra de carregarem os três andores: de Nossa Senhora dos Navegantes, de Nossa Senhora da Nazaré e de Nossa Senhora da Boa Viagem.
Esta festividade, que se iniciou no sábado e terminou ao final da tarde de ontem, com um Festival de Folclore, foi organizada pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, em parceria com a paróquia, a Câmara Municipal de Ílhavo e a Administração do Porto de Aveiro.
“Identidade” foi palavra e conceito apontados por quem testemunhou o seu apreço pela Procissão na Ria: primeiro a pé, da Igreja da Cale da Vila até ao Porto Bacalhoeiro, onde os barcos – à chegada seriam perto de uma centena – apanharam os participantes para uma navegação que passou por S. Jacinto e terminou no Forte da Barra.