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Quando as “cartas partidas” serviam para combater a fraude


Quinta, 29 de Dezembro de 2016
A autenticidade dos documentos é, nos dias de hoje, reconhecida por vários agentes que operam na área da justiça, como os notários ou os conservadores, existindo formas apuradas e complexas de determinar se são verdadeiros. Mas recuemos à Idade Média. Como se validaria um processo de compra e venda, uma doação ou um testamento? Eram muito poucos os que sabiam ler e escrever - a oralidade e a palavra dada dominavam, naturalmente, o ambiente sócio-cultural -, mas o documento escrito começava a ganhar relevo. À semelhança de sinais e marcas de autenticidade mais difundidas, como as assinaturas e os selos, as “cartas partidas” – documento escrito em pergaminho e partido ao meio - funcionaram, durante séculos, como forma de combate ao crime da “falsura”. Estas cartas foram tema de uma das últimas aulas de Paleografia e Diplomática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), orientada pela professora Maria José Azevedo Santos, com os alunos da cadeira a deitar mãos à obra para mostrar que, bem executada a “carta partida”, duas metades de um mesmo pergaminho escrito encaixarão apenas uma na outra, garantindo-se, assim, às partes interessadas que estamos perante o documento original.
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