Judiciária “estancou” rota de heroína para a região

O aumento de tráfico de heroína em Coimbra, particularmente nos bairros da Rosa e do Ingote, motivou uma ampla investigação da Polícia Judiciária (PJ), iniciada em Julho do ano passado, que culminou com a detenção de quatro suspeitos e a apreensão de 2.050 doses de heroína num estado puro, cujo “desdobramento” permitiria atin­gir as 4.000 doses. Uma operação que a PJ classifica como morosa e delicada, mas que terá permitido «estancar o fluxo de heroína para Coimbra» e para a Figueira da Foz. No centro das “operações” está uma mulher, de origem cabo-verdiana, que completou 33 anos no sábado, dia em que foi presente a tribunal para primeiro interrogatório. Actualmente a residir na zona da Amadora, depois de ter passado por Coimbra e também por Condeixa, seria ela quem dominava o tráfico, num «patamar elevado», adquirindo a heroína em Lisboa e entregando-a pessoalmente aos revendedores que abastecia directamente. A Coimbra viria, segundo fonte ligada à investigação, em média, «duas vezes por semana», acompanhada por um segurança e igualmente motorista, que conduzia o BMW que utilizava.