O elemento surpresa da sessão solene do Dia do Município foi uma das famílias afectadas pelos incêndios de Outubro de 2017, que irrompeu pela tenda onde decorreu a cerimónia para oferecer um presente a Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Quiseram agradecer a casa nova recebida recentemente. Ana Abrunhosa, por seu lado, foi a figura da sessão, a pessoa que todos elogiaram pelo intenso trabalho desenvolvido no pós fogo, quando tantas famílias ficaram sem nada. Recebeu, por isso, a medalha de ouro do município e foi mesmo comparada a «uma espécie de Simplex», elogiando-se a capacidade para agilizar processos numa altura em que tempo era o que não existia. «O trabalho desenvolvido pela professora Ana Abrunhosa e pela CCDRC poderia ser considerado como um ensaio de descentralização/regionalização», considerou o presidente da Câmara de Mortágua, José Júlio Norte, que elogiou a capacidade «da professora e da equipa», que «agilizaram procedimentos e apresentaram propostas de alteração à lei, mais adequadas à nossa realidade». Com a comparação, José Júlio Norte mostrou-se favorável à «descentralização», mas foi avisando que o poder central «não pode apenas exigir», mas tem de «criar condições para que os municípios consigam desenvolver essas competências», o que se traduz em «transferência de fundos». «Até lá não podemos aceitar dar um passo bem maior do que a nossa perna», afirmou
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