Branca Flor, trajada a rigor, evoca a lenda da Donzela Moura, uma figura mítica de Miranda do Corvo, e dá as boas-vindas aos visitantes, no stand do município, dando corpo ao projecto “Mulheres e Lugares”, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), representado na Expo Miranda, ontem inaugurada em Miranda do Corvo. A escassos metros Maria Glória Moita apresenta “O Artesão”, um projecto consagrado aos teares manuais, que marca presença regular a feira. «É importante mostrarmos o que fazemos nos nossos teares», diz, apontando os tapetes, carpetes e colchas expostas no stand. Um negócio que, confessa, já teve melhores dias, tendo em conta a forte concorrência, porque «este produto fica mais caro». Mas a verdade é que a qualidade se paga.Qualidade, variedade e, já agora, apetite, não faltam no espaço localizado mais à frente, no recinto da feira e do mercado de Miranda do Corvo. Graça Carvalho e Vítor José esmeram-se no corte dos enchidos, a marca distintiva do PuroGosto, empresa que representam. Natural de Semide, o casal apresenta uma apetitosa variedade de enchidos, salpicão, bacon, entrecosto e cachaço fumado. «Só o presunto é que não é nosso», explica Graça Carvalho. Na empresa familiar, criada há três anos, aproveita-se «o porco todo», sublinha e não falta inovação, com sabor tradicional. Exemplo disso são as alheiras de chanfana, «uma alusão à nossa terra», que disputam as atenções com as alheiras de leitão. Para o casal, a presença na Expo Miranda é muito importante» para «promover o negócio». «As pessoas têm de saber o que fazemos e quando dizemos que estamos a encher chouriços, estamos mesmo a encher chouriços», remata, bem disposta.
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