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Rússia expulsa dois diplomatas suecos


Quarta, 08 de Maio de 2019

A Rússia expulsou hoje dois diplomatas suecos após a recusa do país escandinavo em conceder os pedidos de vistos a dois diplomatas russos, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco. “A Rússia ripostou e pediu a dois diplomatas suecos que abandonem a Rússia, o que lamentamos”, indicou um porta-voz do ministério citado pela agência noticiosa AFP, uma decisão que pode agravar as relações já tensas entre os dois países.

Esta decisão surge dois meses após a detenção, em 27 de Fevereiro em Estocolmo, de uma pessoa que trabalhava em tecnologias de ponta e suspeita de espionagem em benefício da Rússia, após o seu recrutamento por um agente dos serviços de informações russo que operava sob cobertura diplomática.

Numa nota divulgada em Julho de 2018, os serviços de informações suecos consideraram “mais elevada que nunca a ameaça colocada pelos serviços de informações estrangeiros contra os interesses” do país escandinavo. “A Rússia é o país que representa a maior ameaça contra a Suécia no campo das informações”, assegurou na ocasião o chefe de contra-espionagem da Segurança, Daniel Stenling.

A Suécia inquieta-se em particular pelas campanhas de desinformação nas redes sociais no decurso das eleições.

A tensão entre a Suécia e a Rússia agravou-se nos últimos anos, coincidindo com o início do conflito russo-ucraniano, com denúncias mútuas de violações do espaço aéreo, em particular da parte sueca.

O actual Governo sueco, uma coligação entre sociais-democratas e Verdes, registou uma alteração na sua política de defesa, intensificou a sua colaboração com a NATO na qualidade de país associado mas não membro, e aprovou um aumento no orçamento no sector da Defesa.

No âmbito desta política, destaca-se o envio pela primeira vez em 15 anos, de um destacamento permanente para a ilha báltica do Gotland, o restabelecimento do serviço militar obrigatório ou a autorização para a presença de tropas da NATO em território sueco.

As autoridades suecas também reeditaram e enviaram para quase cinco milhões de endereços um guia com informação sobre como actuar no caso de o país se deparar com o estado de emergência ou na existência de um conflito armado, uma campanha que não se realizava desde há 30 anos.


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