Os pombos urbanos, as cegonhas e os corvos marinhos são três aves na lista das espécies que convivem junto do Homem que tem gerado preocupações. A mais visível é o pombo urbano, apontado como responsável por estragos nos edifícios e temidos por doenças que podem transmitir aos humanos. Mas a alimentação que assegura a sua permanência e reprodução no centro da cidade e a “disponibilidade” de abrigos em edifícios abandonados, é garantido pelo próprio Homem. Não há em Aveiro uma acção de eliminação das aves em curso, mas há outras formas que tentam travar a sua permanência como barras com espigões que lhes provocam ferimentos, com outros efeitos negativos. António Luís, biólogo e Professor Auxiliar na Universidade de Aveiro, refere que as actividades humanas acabam por “criar condições para a manutenção e proliferação das populações urbanas de pombos, quer pela edificação de estruturas, construídas para nosso benefício mas que são usadas pelas aves como locais de refúgio e reprodução, quer pela produção de pequenos e grandes desperdícios alimentares que são aproveitados pela aves, quer mesmo pela alimentação directa, um acto carregado de simbolismo, que se tornou uma tradição enraízada”.