Criminosos. Delinquentes. Marginais. São alguns dos adjectivos que mais se pronunciam na sociedade para reprovar aqueles que, por várias razões e circunstâncias da vida (contextos escolar e familiar) entraram no submundo do crime e estão a cumprir pena de prisão pelos crimes que cometeram. Mas por detrás das grades existe, também, um lado positivo de quem se encontra privado da liberdade e vive num espaço exíguo (cela) várias horas por dia.Esta realidade é vivida diariamente nos estabelecimentos prisionais e o de Leiria (antiga prisão-escola) não foge à regra, mas há um denominador comum que une quem ali trabalha: fazer cumprir as regras, mas com o foco direccionado para a reinserção dos 194 reclusos, depois de saíram em liberdade.Para que essa reinserção seja a mais eficaz possível, dentro das quatro grades da antiga prisão-escola (como é conhecida pelos leirienses), desenvolvem-se muitas actividades lúdicas (música, teatro), escolares, agrícolas. Todas com um propósito vincado: dar ferramentas para que os reclusos, de futuro, possam pisar, após a liberdade, terrenos mais seguros e desviarem os olhares do mundo do crime.Um dos lados positivos da antiga prisão-escola têm sido as (inúmeras) parcerias com instituições do exterior nas várias áreas, que levam à prisão opera, música, teatro, aulas, mas também uma mão amiga e uma palavra de conforto, através dos grupos de voluntariado. Falamos da Ópera na Prisão, um projecto inovador que se realiza há longo tempo no estabelecimento prisional e que termina este ano com a criação do Pavilhão Mozart. O projecto de arquitectura encontra-se em fase de conclusão, e as obras deverão arrancar em breve e estarem concluídas dentro de seis meses. Um edifício que vai ser recuperado para dar continuidade ao desenvolvimento artístico, musical e a outras áreas culturais (teatro, dança, entre outras actividades artísticas). “Evidentemente que tem [Ópera na Prisão] grande visibilidade, porque desperta a atenção por ser ópera numa prisão. Como projecto é o mais importante, porque tem um suporte bom, da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), com o apoio da Fundação Gulbenkian, uma instituição amiga da Prisão de Leiria Jovens. (toda a reportagem na edição impressa)
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