Dez de Agosto e Figueirense na “Espera dos Reis”

A Sociedade Filarmónica Dez de Agosto e a Sociedade Filarmónica Figueirense vão amanhã, a partir das 20h30, “renovar” a tradição, levando para a rua o cortejo de “Espera de Reis”, com um grupo de figurantes a sair da zona da Estação da CP e outro da Ponte Galante, percorrendo várias artérias da cidade, encontrando-se junto à Praça 8 de Maio, na “Lapinha”, onde anualmente, se efectua o presépio. Será aí, que os reis farão a entrega de “presentes” ao Menino Jesus e alguns pedidos para a cidade, neste novo ano e, no final, assiste-se à distribuição de guloseimas às crianças.  Esta manifestação de cariz popular, que tem a particularidade de ter seis reis magos (três de cada colectividade, montados a cavalo), costuma captar muitas centenas de pessoas, que, faça frio ou faça chuva, se aliam, muitas delascom uma pequena escada às costas, evocando um tempo de desigualdades (séc XIX e já no início do séc. XX), em que o povo, em redor das casas ricas e senhoriais, usava a escada para subir e espreitar, para tentar ver as representações que embelezavam as antigas consoadas. «Este velho costume, que faz mistura certa de religião e paganismo», nas palavras do memoralista figueirense António Jorge Lé, envolve várias instituições, como a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários da Figueira, Gaiteiros Quiaenses, grupo em formação de Escoteiros de Maiorca, Rancho Cavadores do Saltadouro, grupo de cantares Praia Mar do Grupo Instrução e Sport (que cantará as Janeiras e música tradicional, enquanto os cortejos não chegarem), e o grupo Mulheres de Tavarede, num total de mais de uma centena de figurantes.