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Voluntariado em Moçambique: uma missão de (auto) descoberta


Alberto Oliveira e Silva Segunda, 22 de Outubro de 2018
“Ir ao encontro do outro!”. Maria do Carmo Martins, de Escariz, Arouca, disse “sim” a um convite para a missão, tendo dado três meses da sua vida, entre Março e Maio deste ano, a uma comunidade da província de Niassa, no Norte de Moçambique. Na ressaca da “Semana Missionária” vivida pelas paróquias de Arouca, esta leiga activa da Paróquia de Santo André de Escariz contou-nos a sua experiência em Massangulo, localidade no interior profun­do daquele país-irmão, onde as agruras de uma vivência campesina são mitigadas pelo apoio da Igreja Católica. “Fui em voluntariado”, sublinhou, dando nota de que a sua primeira aproximação a este “ir ao encontro” aconteceu em 2009, quando visitou uma mis­são católica na Tanzânia. “Ficou esse bichinho” e as relações estabelecidas entre a paróquia e os Missionários da Consolata abriram-lhe este mundo mais vasto. Modista em fase de lan­ça­men­to de negócio próprio [ver caixa], Maria do Carmo sentiu que queria aprofundar a experiência de trabalhar em outras terras, ajudando outras gentes. “Pensei que tinha de avançar antes de abrir o meu atelier”, confidenciou-nos. “Era o momento certo”, sentenciou. “Mana Maria”, como lhe passaram a chamar os habitantes da comunidade moçambicana, ofereceu não apenas a sua humanidade àquela gente, mas também os seus conhecimentos enquanto modista. A ideia foi formar as dezenas de jovens que frequentam as escolas de Massangulo. Testemunhou que, ali, a tradição determina que sejam os homens - “alfaiates” - a assumir a tarefa de fazer roupa. A mulher ainda está muito confinada ao ter filhos, criá-los e trabalhar a terra nas “machambas”.
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