O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chamou-lhe ontem de “coincidência temporal”, o facto de, um ano depois dos incêndios que assolaram a região Centro, estar a visitar locais afectados por uma nova tragédia, desta feita, devido à passagem de um furacão por território português, mas, de facto, fenómenos extremos têm tendência a ser cada vez mais frequentes no nosso País.
Os territórios ainda não se recompuseram dos fogos do ano passado, e este fim-de-semana voltaram a ficar à mercê de uma intempérie, e parte da culpa pode ser atribuída, novamente, a um furacão.
Se, em Outubro de 2017, o furacão Ophelia contribuiu para a alteração das temperaturas na Europa, provocando vários recordes de calor – segundo especialistas da Organização Meteorológica Mundial –, no passado sábado, o furacão Leslie deixou um rasto de destruição, com prejuízos que ainda estão a ser contabilizados e feridos a lamentar.
Parece evidente, nas palavras de Domingos Patacho, coordenador da Quercus do Ribatejo e Estremadura da associação ambientalista Quercus, que já não falamos de suposições ou probabilidades de acontecer. As alterações climáticas estão a ser sentidas ‘na pele’ pelos portugueses e, por isso, novos comportamentos precisam-se e novas adaptações também.
