O ex-comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, Sérgio Gomes, vai pedir a abertura de instrução do processo relacionado com o incêndio de Pedrógão Grande, de que é acusado, em autoria material e concurso efectivo, de 63 crimes de homicídio por negligência e 44 crimes de ofensa à integridade física por negligência, 14 dos quais graves.
Sérgio Gomes, actualmente a desempenhar as funções de adjunto do Comando Nacional de Operações e Socorro, limitou-se a afirmar que vai pedir a abertura de instrução do processo “por discordar” dos crimes que lhe são imputados.
Na acusação deduzida contra Sérgio Gomes, o MP refere que o então Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) do CDOS de Leiria “não mobilizou um segundo meio aéreo para o combate ao incêndio e reforçado os meios terrestres de combate em ATI [ataque inicial], não efectuando pré-posicionamento de meios, mobilizando inicialmente meios longínquos do distrito para o combate, não incrementando os meios terrestres em ATA [ataque ampliado] e não mobilizando o único meio pré--posicionado para o efeito”.
