O Tribunal da Relação do Porto considerou ilícito o despedimento do ex-treinador do Gafanha, Nuno Pedro, que foi afastado do clube a 26 de Março de 2017, após a derrota (3-2) com a AD Oliveirense, na fase de subida do Campeonato de Portugal, em Futebol, na época 2016/2017. O acórdão, a que a Lusa teve ontem acesso, vem confirmar a decisão da primeira instância, que tinha condenado o clube da Gafanha da Nazaré a pagar ao técnico uma indemnização de cerca de 43 mil euros.
O tribunal deu como provado que poucos minutos após o fim do jogo com a AD Oliveirense, Nuno Pedro recebeu um conjunto de mensagens escritas de telemóvel, em que o presidente da direcção do Gafanha afirmou que, por si, o técnico não tinha mais lugar no projecto, tendo-lhe solicitado que colocasse o seu lugar à disposição. Numa reunião realizada posteriormente, foi tentado negociar a cessação do contrato, não tendo sido obtido consenso entre as partes.
Em declarações à Lusa, o presidente do Gafanha, João Paulo Ramos, afirmou não ter conhecimento da decisão, mas disse que não pretendem recorrer do acórdão e que vão pagar a indemnização. O clube do Campeonato de Portugal tinha recorrido para a Relação, alegando que o treinador Nuno Pedro (na foto) não tinha sido despedido, tendo antes, por sua vontade, rescindido, sem aviso prévio, o contrato de trabalho.
