Uma factura enviada pela empresa Paviazeméis, envolvida no processo “Ajuste Secreto”, sensivelmente na mesma altura em que “rebentou” este escândalo, em meados do ano passado, levantou suspeitas. A cobrança dizia respeito a uma obra realizada sete anos antes e, por este motivo, e também por existirem algumas reservas relativamente às contas da Junta de Freguesia de Pardilhó durante o mandato 2009/2013, a Assembleia de Freguesia decidiu pedir uma auditoria. Os resultados dessa fiscalização, pedida ainda no mandato anterior (2013/2017), foram agora conhecidos e apontam para algumas irregularidades. Detectou que faltam documentos de suporte para comprovar os registos efectuados nas folhas de caixa e, para além disso, não foram contabilizadas na folha de caixa, nem orçamentadas, no período compreendido entre Outubro de 2009 e de 2013, receitas no valor de cerca de 35.800 euros e despesas no valor de 183.500 euros. O auditor concluiu ainda que não foram apresentadas, ao Tribunal de Contas, receitas e despesas emitidas num montante agregado compensado de, aproximadamente, 140.500 euros. E também que, apesar de a Paviazeméis estar agora a cobrar uma factura relativa ao alcatroamento da estrada do Telhadouro, na altura, a Câmara Municipal de Estarreja terá transferido uma verba para a Junta de Freguesia de Pardilhó alegadamente destinada à sua liquidação.