penas duas condições, ou apenas uma dessas, podem travar a decisão do presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, em avançar com a construção do parque de estacionamento subterrâneo no Rossio. Se o subsolo não suportar a construção e, mesmo se tiver capacidade, se não tiver viabilidade financeira o negócio para um privado que venha a construir, suportando esse custo - entre os 4,5 e os 5 milhões de euros - e a explorar o parque de estacionamento.
Apesar da contestação que tem sido dirigida ao plano da Câmara, o autarca diz como decidirá se tiver condições, ou seja, se o solo tiver capacidade e o negócio for viável: “se sim é essa a decisão que vamos tomar”, disse na passada quinta-feira à noite na Assembleia Municipal durante mais uma reunião com lotação esgotada de público a assistir. Se não forem reunidas as condições, técnicas e financeiras, a Câmara de Aveiro garante que afastará o plano de construção. Por isso, serão feitos estudos geotécnicos, que terão início em Setembro próximo e durarão cerca de um mês, segundo o arquiteto Nuno Mateus, da empresa ARX que venceu o concurso de ideias promovido pela autarquia.Segundo Ribau Esteves, uma ideia-prévia “pressupõe uma base fixe a 35 metros de profundidade” e sobre a decisão promete uma “lógica positiva de quem tem legitimidade para Governar”.
Suspensão falhou
O socialista Pires do PS contrapôs: “não se pode governar contra as pessoas e as cidades não se constroem contra as pessoas, vamos suspender isto e repensar”. Nas reuniões da Assembleia, são nítidas as expressões de contestação do público ao plano do parque subterrâneo e à obra ao nível do solo, esta com um orçamento de 7,7 milhões de euros. Além do público, que não podia fazer intervenções, a maioria PSD-CDS tem a oposição das bancadas do PS - à excepção de Raul Martins - PCP, BE e PAN.
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