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Pedidos de asilo a Portugal aumentaram 19% em 2017


Quarta, 27 de Junho de 2018
Os pedidos de asilo a Portugal aumentaram 19,1% em 2017 face a 2016, ascendendo a 1.750, sendo a maioria de cidadãos asiáticos e africanos, revela o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) num relatório que será hoje apresentado. “Os principais indicadores em matéria de asilo e protecção internacional, no ano de 2017 e tal como já havia ocorrido em 2016, demonstram uma evolução expressiva face ao tradicionalmente verificado em Portugal. Como factor explicativo, surge o da instabilidade existente em diversas áreas geográficas”, precisa o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) de 2017, a que agência Lusa teve acesso. O SEF destaca que “não pode ser negligenciada a utilização abusiva dos mecanismos de protecção internacional enquanto procedimento utilizado por redes de auxílio à imigração ilegal e tráfico de pessoas”. O relatório sustenta que se registou, em 2017, um “acréscimo do número de pedidos de protecção internacional face ao ano transacto (19,1%), ascendendo a 1.750 pedidos, nos quais se incluem os referentes ao mecanismo de recolocação no âmbito dos compromissos nacionais assumidos perante a União Europeia”. Segundo o RIFA 2017, a maior parte dos pedidos de asilo foram apresentados por cidadãos asiáticos (803), seguido dos africanos (711) e dos europeus (163). Entre os cidadãos de origem asiática destacam-se os nacionais da Síria (426), Iraque (283), Afeganistão (32) e Paquistão (21), enquanto 76% dos pedidos de asilo formulados por europeus foram de ucranianos. Nos pedidos apresentados por cidadãos africanos, o documento realça os nacionais da República Democrática do Congo (158), de Angola (121), da Eritreia (67), do Congo (58) e Guiné (42). O relatório adianta que a maioria dos pedidos foi apresentada em Portugal, sublinhando que 67% dos requerentes de asilo em 2017 eram homens com idades entre os 19 e os 39 anos. De acordo com o SEF, no ano passado foram reconhecidos 119 estatutos de refugiado a cidadãos de países africanos e asiáticos e concedidos 381 títulos de autorização por protecção subsidiária (267 em 2016), maioritariamente a nacionais de países asiáticos (278), europeus (42) e africanos (42). No âmbito do programa de recolocação da UE, lançado em Setembro de 2015 e concluído em Março de 2018, Portugal acolheu, no ano passado, 741 refugiados, na sua maioria provenientes da Grécia e famílias de nacionalidade Síria. Em relação à Agenda Europeia das Migrações, o relatório diz ainda que Portugal recebeu no ano passado 171 refugiados, dos quais 130 de nacionalidade síria provenientes da Turquia, e 41 de diversas nacionalidades que estavam no Egipto e Marrocos.

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