“Espero vir a estar na linha da frente no caso da medicina personalizada”

Ao longo da sua carreira enquanto investigador, que áreas tem vindo a estudar? Amílcar Falcão - A minha formação base é de ciências farmacêuticas, sendo que me fui especializando ao longo dos anos, primeiro doutorando-me em farmacologia/ farmacocinética, evoluindo mais tarde para a farmacometria que é uma forma estruturada de farmacologia quantitativa. Como colaboro há muitos anos com a indústria farmacêutica, fui dividindo o meu foco pela farmacologia não-clínica (academia) e pela farmacologia clínica (indústria). Na investigação realizada na Faculdade de Farmácia, o meu grupo de investigação tem uma quantidade de trabalho relevante na área da epilepsia. Relativamente à indústria farmacêutica, não obstante ter sempre mantido colaborações com diversas empresas, o trabalho mais consistente tem sido desenvolvido ao longo das duas últimas décadas com os Laboratórios BIAL, sendo por isso fácil destacar a minha intervenção directa no desenvolvimento dos medicamentos que a BIAL colocou no mercado (primeiro o Zebinix e mais recentemente o Ongentys). Foi precisamente a minha colaboração com a indústria que me fez evoluir para a área da farmacometria no âmbito dos ensaios clínicos.