Não foram as condições climatéricas desejadas mas não foi por isso que o povo deixou de participar na chamada tradição de “Os feijões”. Cerca de 150 pessoas voltaram a dizer sim ao convite do Grupo Etnográfico da Casa do Povo de Souselas e da família Nazaré, participando na acção que, mais não é que comer um tigela de sopa e broa e confraternizar. Já não se mata a fome, felizmente, mas convive-se. Reencontram-se amigos ou simples conhecidos que todos os anos marcam no calendário a Sexta-Feira Santa como dia de ir à tradição de “Os Feijões” na Quinta da família Nazaré, em Souselas. Resumidamente foi assim que ontem aconteceu.
Ao pormenor importa dizer que foram confeccionados cerca de 120 litros de sopa. As contas são de Paula Moreira, a cozinheira de serviço que ontem não teve mãos a medir a fazer tanta sopa para dar a comer a todos quantos quiseram dar seguimento à tradição. «É feita ao lume, não é passada, não há cá passevite nem nada. Coze-se o feijão até se desfazer em puré», resume Paula Moreira, para justificar como é «especial» esta sopa, não apenas pela finalidade a que se destina - dar seguimento à tradição - como pelo próprio sabor.
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