“Estou preocupado, desiludido e não percebo muito bem esta situação”, desabafou ao Diário de Aveiro o director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA), Artur Ferreira, considerando este atraso “penalizador e gravoso para todos os estudantes que querem frequentar” a escola e que “encontram imensas dificuldades em encontrar residências onde ficar alojados, tendo que ficar em Aveiro”.
Recorde-se que foi precisamente há um ano, neste dia, que a Câmara Municipal de Águeda, liderada então por Gil Nadais, lançava a primeira pedra da obras de requalificação das residências universitárias da ESTGA, após um acordo com a Universidade de Aveiro, onde a autarquia assume a obra até ao valor de 500 mil euros, sendo que a universidade tem que assumir o valor que ultrapasse este montante na adjudicação.
Foi precisamente pelo facto de o concurso ter revelado que o valor era superior ao estipulado que, em Julho passado, houve necessidade de criar uma adenda, em que a Universidade de Aveiro se responsabilizava pelo valor em falta.
“Tanto quanto sei, depois disto, essa mesma adenda foi aprovada em assembleia municipal, mas a obra continua sem ser adjudicada. Percebo que, numa fase de transição de mandato municipal, até se verifiquem alguns atrasos, mas o novo mandato municipal já leva quatro meses e continuamos na mesma, sem que a obra avance”, desabafa ao nosso jornal Artur Ferreira, frisando que a ESTGA já tem 20 anos e que há 15 anos que andam “a tratar deste objectivo imperioso sem que se resolva”.
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