Os idosos e, no geral, as pessoas com pouca mobilidade, nomeadamente quem não tiver carro e poucos recursos financeiros para gastar em viagens, serão os maiores prejudicados com o encerramento anunciado do posto dos CTT de Paços de Brandão. Sendo uma zona de forte cariz industrial, também as empresas sairão prejudicadas.
Uma ronda pela vila do município de Santa Maria da Feira permitiu testemunhar a insatisfação das pessoas com o fecho do balcão dos Correios.
“Já estava à espera”, disse Joaquim Barros, habitual utilizador do serviço. “Eles vendem as coisas e não pensam nas consequências”, sublinhou, referindo-se “ao Governo” e à decisão de privatizar. Não tem dúvidas de que “os reformados” e o universo empresarial serão os que terão mais a perder.
Paulo Rodrigues tem a cafetaria “Titi” junto ao posto: “é péssimo”, declarou, sobre o encerramento. Falou o utilizador do serviço, mas também o empresário que habitualmente ganhava alguns clientes extra com a manutenção daquele serviço.
Deu conta de que, ontem, muitas conversas no estabelecimento andavam em torno da notícia recebida nesse mesmo dia. À luz do que tinha ouvido, as gentes da terra “não estão nada satisfeitas”, vincou.
Alertando para o facto de que a alternativa mais próxima – o posto dos CTT de Rio Meão - “já está saturado”, Liliana Baptista sublinhou que “a população está revoltada”, com nota de que os mais velhos irão ser muito prejudicados. “Isto costuma estar cheio quando vêm levantar as reformas”, enfatizou.
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