Foi em lágrimas que o homem que, em Março deste ano, agrediu com um bastão e esfaqueou mortalmente a mulher, em Esmoriz, Ovar, descreveu, ontem, no Tribunal de Aveiro, o que conduziu ao acto tresloucado.
O arguido, de 50 anos, actualmente em prisão preventiva, explicou que as discussões eram constantes, garantindo que nunca tentara agredir a mulher, Maria de Fátima Costa, até àquele dia fatídico, em que a atacou com um bastão extensível e desferiu-lhe um golpe fatal na habitação onde ambos residiam com o filho.
A discussão, contou ao colectivo de juízes, teve início quando se apercebeu de que lhe tinha sido retirado um cartão de crédito da carteira. Depois de trocas de palavras azedas, a mulher disse-lhe que queria ir para casa da mãe, onde tinha estado durante alguns dias e até à véspera do dia do homicídio, 24 de Março, deixando o marido “desorientado”. Mas foi quando a vítima “telefonou para alguém”, que o agressor não entendeu de quem se tratava, e, momentos depois, tocaram à campainha, que perdeu a cabeça. “Pensei que ela andava com alguém e que me fosse deixar e comecei a agredi-la”, contou, admitindo que a mulher já anteriormente mostrara vontade em avançar com o divórcio.
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