Nuno Álvares Pereira (1360-1431) foi “uma personagem ímpar na história portuguesa”, afirma João Gouveia Monteiro, na biografia do militar.
A obra ‘Nuno Álvares Pereira. Os Três Rostos do Condestável’, de João Gouveia Monteiro, editado pela Manuscrito, foi apresentada no sábado, no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, antigo convento fundado por Nuno Álvares Pereira. A biografia que traça o perfil do homem que foi “guerreiro”, “senhor feudal” e “ santo”, é apresenta pelo presidente da Comissão Portuguesa de História Militar, Alexandre de Sousa Pinto, e pelo professor da Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade Nova de Lisboa Bernardo Vasconcelos e Sousa.
Na introdução, João Gouveia Monteiro afirma que para a feitura desta obra contribuíram a ‘Crónica do Condestável’, de autor desconhecido, as crónicas régias de Fernão Lopes, sobre D. Pedro I, D. Fernando, D. João I e D. Duarte, e a ‘Chronica dos Carmelitas’, de frei José de Sant’Ana, mas também a análise que fez de 170 documentos das chancelarias régias da época, que o ajudaram a reconstruir o percurso – sobretudo patrimonial – de Álvares Pereira, e 5.000 páginas “da inúmera e muito desigual bibliografia”.