“Passava-se aqui uma semana inteira a desenhar. E se calhar não chegava. Uma pessoa olha à volta e só vê desenhos”. Ontem, foi “a primeira vez em muitos anos” que Paulo Mendes visitou Aveiro. E foi a sua paixão que trouxe este homem de 52 anos do Porto até uma cidade que ele já não se recordava de ser tão pitoresca.
A meio da manhã de ontem, o nosso encontrou-o sentado no muro do Cais dos Botirões. E se aquele é um dos locais mais fotografados da cidade, arriscamos dizer que a perspectiva escolhida por Paulo Mendes não será, certamente, aquela que mais turistas levam como “aquele” postal de Aveiro. Sentado de costas para o Cais, junto à Ponte do Laço, é a Travessa de São Roque que lhe prende o olhar. É aquele casario que se estende da Rua das Tomásias para dentro do bairro da Beira Mar que o “sketcher” vai colorindo no seu bloco onde já guarda desenhos do “seu” Porto, mas também de Braga. E depois de Aveiro, mais cidades se seguirão, acreditamos, a avaliar pela forma apaixonada como fala deste hobby. “Há pouco tempo encerrei um negócio que tinha para me dedicar apenas ao desenho. É isso que mais gosto de fazer e acho que já estou na idade de fazer só aquilo que gosto”, declara de voz firme e sem parar de colorir a sua rua, em momento algum.
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